Adalberto Diniz nasceu em 24 de novembro de 1938, em Sete Lagoas. É um fotojornalista brasileiro com mais de trinta anos de carreira, estudioso do campo do direito autoral. Filho do ferroviário Raimundo Diniz e de Carlinda Ferraz Diniz. Na infância Adalberto apresentou interesse pela fotografia, despertado através de seu pai, um admirador de fotos. No início da carreira exerceu a dupla função: escreveu e fotografou para diversos jornais, a trabalho viajou e conheceu três continentes e mais de vinte países.
Adalberto chegou ao Rio de Janeiro na década de 50, era o mais velho de nove irmãos. Após concluir o curso primário fez admissão e ingressou em um seminário, queria ser padre. Começou a trabalhar cedo, primeiro em farmácias, posteriormente em bancos, na condição de funcionário público. Apesar destas outras atividades, desde cedo Adalberto teve envolvimento com o jornalismo. Durante a juventude, junto com amigos do bairro Marechal Hermes Adalberto Diniz realizou o jornal A Bronca que o colocou em contato com o jornalista Carlos Felipe do Jornal dos Sports. Posteriormente, exercendo a atividade de bancário, passou a cobrir o campeonato bancário para o Jornal dos Sports.
Desta forma, iniciou a carreira como repórter de esportes, cobrindo jogos no fim de semana. Com o tempo optou pela fotografia como atividade principal, pois lhe dava mais prazer e mais condições no mercado. A escolha gerou frutos, o banco oficial da Guanabara convidou o funcionário para trabalhar na assessoria de imprensa, depois disto o fotógrafo não parou mais.
O primeiro emprego com carteira assinada foi em 1968 no jornal Última Hora, depois Adalberto recebeu o convite do jornal O Dia Notícias. Cobria o chamado esporte menor, a maneira como o esporte amador era chamado na época.
Em 1970 retornou para o jornal Última Hora e em seguida foi convidado para o Correio da Manhã. Após três anos no Correio da Manhã, Diniz foi convidado para integrar a redação do Globo. O jornalista foi requisitado no momento em que o jornal estava em fase de transição, a fim de tornar a fotografia mais dinâmica e acessível.
Em 1977 passou a viver como freelancer, prestando serviço para várias empresas. No início da carreira de freela, durante uma partida de futebol disputada por jornalistas do O Globo, Adalberto quebrou a perna após jogar dez minutos. Este acidente colocou o fotógrafo em contato com duas associações de classe, a ACERJ (Associação dos cronistas esportivos) e a ARFOC (Associação profissional dos repórteres fotográficos e cinematográficos do Rio de Janeiro). Durante seis meses Adalberto recebeu apoio das duas associações e resolveu retribuir, dedicando-se ao movimento sindical. No sindicato iniciou uma atividade chamada Quarta Visual, uma amostra fotográfica coletiva de grande sucesso. Participou da criação da executiva nacional dos repórteres fotográficos, uma instância ligada diretamente a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), desta forma a figura do repórter fotográfico passa a participar e a ganhar um espaço maior nos debates jornalísticos.
Passou seis anos na ARFOC, onde foi tesoureiro, secretário e presidente. Foi convidado pela ACERJ para ser diretor de comunicação. Como freelancer, trabalhou seis anos na assessoria de imprensa do hotel Rio Palace e por três anos na assessoria de imprensa do governo de Moreira Franco. Além disto, Adalberto prestou serviços para diversas empresas como a Editora Abril, na qual foi contratado posteriormente e o jornal Estado de São Paulo, onde trabalhou como “pauteiro”, auxiliado por um “informante”, o radinho de pilha.
A última experiência como fotojornalista foi no jornal Diário Popular de São Paulo, onde trabalhou por nove anos. Em 1992 Adalberto Diniz iniciou trabalhos relativos a questão do direito autoral como diretor dos departamentos de mobilização, negociação salarial e direito autoral da FENAJ.
Atualmente se dedica a APIJOR (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas), onde é diretor-secretário e é membro do Conselho Deliberativo da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Também pesquisa e escreve sobre comunicação social. É autor de textos relacionados ao direito autoral, realiza palestras e participa como delegado e observador de eventos relacionados à categoria dos jornalistas.