FITA I: Lado A: Cirurgião plástico de Niterói, envolvido diretamente no socorro médico aos sobreviventes do incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói/RJ, em 17/12/1961.
Solicita a permissão de fazer um depoimento pessoal. Vida pessoal: procedência, infância, maturidade e família. Muda-se de São Fidélis para Niterói. Lembranças de Niterói na época. Colégio, vestibular e faculdade de Medicina. Formatura e o baile. Reconstituindo o dia da tragédia: volta da festa de formatura e percepção de agitação na cidade. Toma conhecimento do acontecido. Preocupação com a possível ida de seu irmão e sua mãe ao circo. Ida para o Hospital São José e estágio com a equipe do Dr. Pitangui. Hospital Antônio Pedro: motivos de seu fechamento. Hospital Antônio Pedro e outros hospitais de referência em Niterói. Início dos atendimentos: lembrança dos primeiros atendimentos no Hospital São José. Organização e centralização do serviço no Hospital Antônio Pedro. Transferência dos pacientes para este. Ajuda da equipe Argentina. Grande número de baixa nos dias subseqüentes ao incêndio e tratamento dos pacientes. Solidariedade de toda a população. Tratamento prestado aos queimados: cirurgia plástica, enxertos. Ajuda americana. Trabalho voluntário. Tratamento das seqüelas na Santa Casa. O queimado e as técnicas de cirurgia plástica. Outros grupos envolvidos no atendimento: escoteiros, bandeirantes, assistentes sociais e etc. O acontecimento e a cidade: dimensão do acontecimento para a cidade, o dia seguinte, o caminho de casa. Abertura de um cemitério às pressas. Luto e manifestações coletivas. Rede de solidariedade. Relação entre os parentes dos pacientes e os médicos. Falta de infra-estrutura e precariedade da área da saúde na cidade. Posição do Governo. Hospital Antônio Pedro: o incêndio como um marco na história do hospital, a associação deste com a faculdade fluminense de Medicina e seu importante papel junto à comunidade de Niterói e regiões circunvizinhas.Trauma que abalou a cidade e a resposta coletiva. Os feridos e o tratamento das crianças. As seqüelas, cicatrizes e diversas fases do tratamento. Recuperação. Desenvolvimento das técnicas de cirurgia. Lembrando o acontecimento: chegada do circo, a impressão que causou, número de mortos e lembrança de histórias.

Lado B: Acontecimento marcando sua trajetória posterior. Trauma causado na cidade. Cidade: lazer em Niterói (o que tinha para se fazer). Trajetória pessoal e profissional. Início da cirurgia plástica: estética ou reparadora? Relação entre a tradição estética e o tratamento dos doentes do circo. Impulso à cirurgia plástica devido às guerras. Incêndio do circo também constituiu um laboratório de experiências. Trabalho que o cirurgião plástico deve dar conta. Grande demanda de plasma. Colaboração de toda população e amparo às vitimas da tragédia. Gratidão e a comunidade de Niterói. Vale a pena lembrar este acontecimento?