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Niterói: Motim urbano e revolta popular: o quebra-quebra das barcas, 1959

Entrevistado: João Joaquim de Miranda Ribeiro
Entrevistador: Ismênia de Lima Martins
Tipo: entrevista temática
Duração: 01:40:00
Local: LABHOI/ICHF/UFF
Data: 07/12/2002
Sumário

FITA I - Lado A :

Origem (Barreto, Niterói). Nascido em 1942. Filho de mãe operária da indústria têxtil e pai comerciante. Avô comerciante. Avô dono de mercearia fina (Loja Central) na década de 50. Trabalho do pai no comércio. Família numerosa com raízes em São Gonçalo. Casa grande do avô no Barreto, onde vivia toda a família. Estudos do pai. Trabalhos do pai. Moradia da mãe (Vila Operária). Surto de crescimento em Niterói na época. Profissão do avô materno (Mestre de Ofício). Diversificação da Indústria Têxtil em Niterói. Casamento dos pais em 1934. Trabalho da mãe em fábrica. Visão dos avós de que a mulher tinha que cuidar do lar. Memórias da infância. União da família. Esperança na família de que ele fosse militar. Exame para a Escola Militar. Tentativa de estudar medicina. Trabalho em empresas: CERJ e Industria Química. Participação política da família. Participação política do avô como Amaralista. Rotina familiar. Ida para a escola. Atividades de lazer no Barreto. Cinemas de bairro. Importância do rádio. Notícias sobre a guerra da Coréia. Primeiro casamento. Várias mudanças de endereço. Desinteresse pela medicina. Vestibular para Ciências Sociais. Vida política da família. Importância da participação no poder para a família emergente. Tio operário, membro do PC e militante sindical. Primeiro casamento. Começo do namoro com a primeira esposa. Trabalho no Rio. Clubes do Barreto, maioria dedicado ao futebol.

Lado B:

Festas populares no Barreto. Futebol aos domingos. Clube Assad Abdala e outros clubes. Festas nos clubes. Domingueiras. Procissões de santos. Devoção e participação do povo. Vida Independente do Barreto. Atividades de lazer no Barreto. Interação entre as pessoas do bairro. Ocupação da periferia de Niterói em função da industrialização. Outras indústrias do Barreto. Criação de uma cultura proletária urbana. Presença nordestina na região. Nordestinos como mão-de-obra desqualificada para empresas menores. Bairro de Neves. Niterói conservadora, provinciana e elitista. Niterói como centro do poder.
Despontamento dos bacharéis para a carreira política. Praia de Icaraí. Fins de semana na praia. Início da carreira profissional. Trabalho na Cia Brasileira de Energia Elétrica. Trabalho no Rio de Janeiro. Episódio de maio de 59.Observação das atividades das barcas. Local de trabalho da população do Barreto (maioria em Niterói). Lembranças da situação do transporte na época. Idas ao Rio a lazer. Lembranças da travessia nas barcas. Força do sindicato dos marítimos. Descaso com os funcionários das barcas. Tratamento e papel do Estado na questão. Processo de privatização subsidiado pelo poder público. Ligações políticas do grupo Carreteiro. Início do Grupo Carreteiro. Instalação na Engenhoca. Arrendamento do Estaleiro São José. Situação da Indústria Naval da época (basicamente para reparos). Ascensão meteórica do Carreteiro a partir da concessão da Frota Barreto. Fim do serviço de ligação Barreto - Rio. Ausência de política de recuperação das embarcações. Construção da "Frota Barreto" - pequenas embarcações de madeira. "Frota Carioca". Pouca importância da "Frota Popular". Lembranças dos acidentes. Lembranças do período que antecedeu o quebra-quebra. Greves parciais e gerais. Política de inadimplência dos Carreteiro. Marítimos: categoria mobilizada e com influência de lideranças políticas. Líderes sindicais. Convivência com José Carreteiro Filho (vizinho). Papel do pai e irmãos Carreteiro na administração da empresa. Situação econômica do vizinho Carreteiro.


FITA II - Lado A:

Moradia de José Carreteiro Filho. Ascensão dos Carreteiros. Sinais de opulência com a ascensão. Moradia de J. Carreteiro Filho no Barreto. Moradia de Valdemar Carreteiro no Ingá. Casas dos Carreteiros no Fonseca. Símbolos exteriores de opulência. Presença discrepante dos Carreteiros no contexto do bairro. Bens de consumo de José Carreteiro Filho (acima da média do bairro). Invasão da casa de José Carreteiro. Confusão da casa do entrevistado com uma das casas dos Carreteiros. Cenas de vandalismo e fúria dos invasores. Lembranças do dia do episódio. Movimento das pessoas na rua. Chegada no trabalho (em frente às barcas). Situação fora de controle. Discursos da liderança e políticos a viva-voz. Discurso do governador. Chegada de tropas da Marinha. Localização do Restaurante Miramar. Volta para casa em meio à confusão. Chegada em casa. Multidão se aproximando da casa de José Carreteiro. Filho. Imagens das casas depredadas na mídia. Parentes dos Carreteiros acuados na casa do entrevistado. Confinamento da esposa de José Carreteiro Filho e filhos num sítio de amigos. Multidão fora de controle. Saques e destruição de objetos pessoais da família. Entrada na casa. Ocupação do exército e chegada dos bombeiros. Subestimação da revolta popular. Vida ostensiva dos Carreteiros. Distanciamento da família com a ascensão social. Mudança da família para Copacabana. Piano de calda atirado. Destruição dos cofres. Lembranças da festa de inauguração da mansão dos Carreteiros. Decoração da mansão.

Lado B:

Disposição das casas do Fonseca e respectivos moradores. Casas queimadas e imagens do saque. Repercussões do quebra-quebra na vida da cidade. Abertura de espaço para nova relação política. Comentários familiares sobre o episódio: opiniões divergentes. Manipulação do Roberto Silveira. Opinião sobre o Roberto Silveira. Conflitos do governo com o PSD e oligarquias. Mudança na vida dos Carreteiros. Indenização à família pelo quebra-quebra. Briga pelo valor da indenização. Negócios de José Carreteiro Filho. Breve derrocada dos outros irmãos. Permanência do Carreteiro pai em Niterói. Personalidade reservada do Carreteiro pai.

 

 

 

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