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Niterói: Motim urbano e revolta popular: o quebra-quebra das barcas, 1959

Entrevistado: Maria Felisberta B. da Trindade
Entrevistador: Fernando Gil Portela Vieira e Mauro Henrique de Barros Amoroso
Tipo: entrevista temática
Duração: 01:25:00
Local: Faculdade de Educação/UFF - bl.D, sala 431- Niterói/RJ
Data: 08/27/2002
Sumário

 

Fita I - Lado A: Nascimento: data e local. Profissão do pai. Primeiras letras em Niterói. Ingresso no Colégio Pedro II. Pequeno histórico do pai e da mãe. Panorama de São Borja (RS), cidade natal materna. Vinda dos pais para o Rio de Janeiro e, posteriormente, para Niterói. Descrição da prole. Residência e descrição da infância em Niterói. Normas e ambiente do Colégio Pedro II. Situação do corpo discente feminino. Viagens de barca para o Colégio. Amizade com os operários do Arsenal da Marinha. Atividade política do irmão. Passeatas de estudantes na época da 2a Guerra Mundial. Conversações políticas nas barcas. Força do integralismo em Niterói. Envolvimento com o grêmio de estudantes do Colégio. Criação da Associação dos Estudantes Secundaristas, seus colegas-fundadores. Judeus dentro do movimento estudantil. Candidatura ao grêmio do Colégio Pedro II; estigma de socialista na instituição. Partido Comunista na ilegalidade. Descoberta por parte do pai das militâncias e atritos com o mesmo. Transferência para o Liceu Nilo Peçanha, em Niterói, ainda no ensino clássico.

Lado B: Continuação da militância no Liceu. Personagens do movimento universitário na época. Participação na campanha "O petróleo é nosso". Oposição na Associação Fluminense de Estudantes. Diferenças entre o movimento estudantil em Niterói e no Rio. Participação no movimento feminista. Tentativa de ingresso na Faculdade de Direito de Niterói. Entrada no Curso de Pedagogia na Faculdade Fluminense de Filosofia. Casamento. Nascimento da primeira filha. Abandono do curso. Prisão devido à campanha contra o envio de tropas para a Coréia. Viagem, pelo movimento feminista, para Congresso na Suíça e passagem ilegal pela União Soviética. Desejo de voltar à "normalidade". Volta aos estudos no Curso de Pedagogia na Faculdade Fluminense de Filosofia (1958). Residência em Niterói na época. Atuações nos movimentos feminista e estudantil em Niterói às vésperas do quebra-quebra. Alguns personagens destes movimentos em Niterói no período. Apoio a Roberto Silveira e justificativa da aliança PTB-UDN no Estado do Rio de Janeiro. Relação (posterior) com Jorge Loretti.

Fita II - Lado A: Uso esporádico das barcas enquanto secretária da Associação Feminista. Possibilidades e limitações de uso das embarcações como espaço político. Detenções devido a tais atividades. Como se faziam e se articulavam campanhas eleitorais para cargos legislativos. Reflexão sobre o governo JK. Grau de influência dos comícios e dos movimentos sindicais no quebra-quebra. Importância do Conselho Inter-Sindical de Niterói, sua constituição e atuação. Movimento espontâneo com articulação dentro da explosão. Niterói: cidade de tradição política e de luta. O dia do quebra -quebra visto a partir do cotidiano da entrevistada. Sua opinião sobre os Carreteiros. Participação em manifestação no dia da revolta. Comentário sobre o posicionamento da imprensa escrita e falada durante o acontecimento. (Falha na gravação). Avaliação da atitude do governo Roberto Silveira diante da situação. Algumas palavras sobre o então governador e sua política de governo.

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