Os agudás, conhecidos como os “brasileiros” do Benim, descendentes de antigos escravos libertos no Brasil que retornaram para a África (especificamente para a costa do Benim) no século XIX e de antigos negreiros que no Benim já haviam se estabelecido para realizar o tráfico, atualmente buscam reafirmar suas origens brasileiras como marca de diferenciação, representando publicamente a sua própria identidade étnica e visando anular o estigma da escravidão. "Falares Luso-Brasileiros no Benim e no Togo" surge com o objetivo de caracterizar e analisar o processo de construção dessa nova identidade social mediante o que convencionamos chamar no LABHOI (Laboratório de História Oral e Imagem - UFF) de "escrita videográfica", uma escrita alternativa da história que estabelece relações de intertextualidade entre fontes orais e visuais. Através de uma “descrição visual densa” dos festejos da burrinha e da celebração do Nosso Senhor do Bonfim, este texto videográfico define-se como potencial instrumento didático para o ensino de História da África nas salas de aula.
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