Linhas de Pesquisa
Em 2018, o LABHOI se redefine como rede de pesquisa, tendo em vista a pluralidade institucional, no Brasil e no exterior, da maioria dos seus integrantes. O LABHOI - EM REDE está formalmente instalado como grupo de pesquisa também na Universidade Federal de Juiz de Fora e desenvolve projetos em 4 linhas de trabalho.
A linha de pesquisa se propõe a pensar a memória da escravidão e da escravização racial de africanos e povos indígenas, no contexto de sociedades coloniais, pós-coloniais e pós-escravistas, em África e nas Américas. Interessa-nos a história da memória da escravidão, enquanto instituição, em suas relações com a história do racismo e com a temática dos passados sensíveis, bem como a história das formas pelas quais esses passados são narrados no tempo presente, dialogando, para tanto, com a história da historiografia, sobretudo a história social da escravidão e a história indígena, a partir do campo do pós-abolição e dos mundos pós-coloniais. A história da memória da escravidão e do racismo no continente africano, e não apenas da escravidão atlântica, também é alvo de interesse. Propõe debates sobre história social e cultural, gênero, patrimônio, identidades étnico-raciais, história pública e educação.
A linha se organiza em torno de uma história da arte como história da imagem, assumindo o conceito de cultura visual como referência ao enfatizar o estudo das práticas do olhar e da produção de sentidos nas sociedades contemporâneas através das mídias visuais e sonoras, compreendidos como dispositivos de mediação cultural e agenciadores de culturas políticas e da memória social contemporânea. Propõe debates sobre História Pública e Educação.
A linha compreende a cidade como lugar de significação, suporte de sentidos variadosproduzidos por diferentes grupos e comunidades. Buscamos discutir analiticamente a categoria do urbano como substrato onde se projetam diferentes trabalhos de memória com metodologias participativas. Propõe reflexões que relacionam comunidades de sentido, territórios de memória e história pública.
A linha compreende a política como um campo de disputas, com ênfase na dimensão ética dos debates públicos e dos temas sensíveis envolvidos na produção, circulação e divulgação do conhecimento histórico. Reflete, em perspectiva interseccional, sobre os “passados presentes” a partir das narrativas elaboradas por diferentes grupos e ativismos. A linha propõe historicizar, a partir do trabalho de memória situado em contextos sociais, políticos, culturais e corporais específicos, as ações antirracistas, feministas e pró-LGBTQIAPN+; os enfrentamentos à misoginia, ao etarismo e ao capacitismo; as resistências à violência ambiental, à xenofobia e à violência de Estado; assim como as lutas em defesa dos direitos humanos e da justiça social.
Extensão no LABHOI
O Programa de Extensão do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (Labhoi-UFF) é um espaço de interação entre a universidade e a sociedade, promovendo a história pública por meio da produção/difusão participativa dos saberes históricos a partir da memória social. Os eixos extensionistas (entre pesquisa, ensino, divulgação e inovação) enfatizam a atuação do Labhoi junto à comunidade externa, com atenção para a interdisciplinaridade e o impacto na formação de estudantes (pós-graduação, graduação e ensino básico). Criado em 1982, o LABHOI se consolidou como um centro de referência em história oral e audiovisual, e, em 2025, transformou-se em um Programa de Extensão cadastrado na PROEX UFF.
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