Skip to content

Niterói: Imigração italiana

Entrevistado: Filippina Chinelli
Entrevistador: Aurélio Peres, Roberto Mansilla Amaral e Úrsula
Tipo: história de vida
Duração: 02:00:00
Local: Itaipu-Niterói/RJ
Data: 12/03/1997
Sumário

 

Fita I - Lado A:

Nascimento: 1948, em Fuscaldo, região da Calábria, sul da Itália. Decisão do pai, Sante Salvatore Chinelli, de imigrar para o Brasil com mulher e filhas: Filippina e Franciscina.
Nascimento no Brasil da 3a. filha: Antonieta.
A tristeza da mãe em vir para o Brasil: detestava o Brasil.
A vida difícil na Itália no pós-guerra.
A vida da família Chinelli no Rio de Janeiro: Bonsucesso, casa dos tios Pascoal e Francisca.
O trabalho do pai no mercado municipal.
A compra de um "ponto" na Associação de Jornaleiros, em Niterói, depois de dez anos vivendo com parentes.
Ingresso do pai na Sociedade de Jornaleiros.
A vinda da família para Niterói.
Identidade e valores: casamentos entre pessoas da própria colônia italiana; preservação, no início, da culinária italiana.
A vida na Itália: lembranças e coisas que a mãe contava.
Sua infância, seu primo, queimadura que sofreu. Lembranças tristes e marcantes da vida na Itália. Sua avó.
Problemas de saúde durante a viagem de vinda para o Brasil. Sofre influências do descontentamento e da tristeza da mãe em deixar a Itália. Processo de vinda para o Brasil como extremamente doloroso.

Lado B:

Chegada ao RJ. Volta a falar de sua vida em Fuscaldo: vida de sacrifício; cidade pequena, economia não estruturada; o intenso trabalho das mulheres.Festas: do vinho e de matar porco(música e comida). Doces tradicionais da Itália.
A questão da identidade: forte vínculo com a terra natal, com a cultura italiana. Notícias através de cartas de parentes.
A adaptação a outra cultura.
A preocupação da mãe com os estudos das filhas.

Fita II - Lado A:

Volta à Itália. Sentimentos com relação ao Brasil. Procurou reaver a cidadania italiana e dar as filhas também.
Consolidação dos sentimentos com relação ao Brasil. É italiana mas optou por morar e viver no Brasil, mesmo depois de ter voltado à Itália.
Volta a falar dos primeiros anos no Brasil. Anos de lembranças, de brincadeiras de rua. Época também, de dificuldades. Tinha 8 para 9 anos quando começou a trabalhar: sua mãe lavava roupa para fora e ela e a irmã entregavam. Com 11 anos de idade começou a passar roupa.
A mãe fazia questão que as filhas estudassem para serem independentes.
Vinda para Niterói em 1960. Compra do ponto de jornaleiro. Necessidade de melhorar financeiramente. Casas que morou; colégios que estudou: Pinto Lima, Liceu, UFF, concurso para o Museu Nacional (1971). Fala de Niterói: cinemas, hotéis.

Lado B: 10/12/1997 - 2a. sessão

A ABITA: Piratininga. Não freqüentavam, o pai freqüentou pouco. Sua irmã Francisca se relacionava mais com italianos. Filippina se relacionava mais com seus primos e parentes.

Filippina se casou (1976) apenas no religioso para dar uma satisfação a colônia de italianos e parentes: seu marido era desquitado. Nessa época havia uma identidade cultural forte, mas não contato físico. A identidade cultural existe enquanto seus pais são vivos.
Com os estudos, o círculo de amizades se abriu mais, diluindo o relacionamento com os italianos.
As irmãs fizeram biblioteconomia e Filippina fez história.
A descendência dos nomes/herança.
Fala rapidamente de envolvimentos políticos do pai.

 

 

Arquivos de Áudio