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Niterói: O incêndio do Gran Circus Norte-Americano, Niterói, 1961

Entrevistado: Lenir Ferreira de Queiróz Siqueira
Entrevistador: Ana Maria Mauad e Paulo Knauss
Tipo: entrevista temática
Duração: 00:45:00
Local: Associação Fluminense de Reabilitação - Niterói/RJ
Data: 09/12/2001
Sumário


Fita I - Lado A: Vida pessoal: nascimento, infância e família. Namoro, casamento e mudança para Niterói (1957).Lembranças sobre o centro de Niterói na época: igreja, educação e lazer. Nascimento dos dois filhos, um menino e uma menina. Gravidez do primeiro filho e a doença do marido (tuberculose). Perda da segunda gravidez. Reconstituindo o dia da tragédia: quem teve idéia de ir para o circo, o que fez, sua ida à missa pela manhã, a expectativa, porque foi, o interesse. Desfile realizado pelo circo no dia do incêndio, pela manhã. O espetáculo: localização, qual lugar sentou, os números que gostou e a reação dos filhos. Lembrando do acontecimento: o que aconteceu, como se deu o fogo, reação do público e como conseguiu sair do incêndio. Resgate pelo bombeiro, junto com seu filho. Ida para o hospital em São Gonçalo e os primeiros socorros. Transferência para o Hospital Antônio Pedro (junto com o filho). Visita do irmão no Hospital Antônio Pedro, no dia do acidente. Vinda da mãe e da irmã de Minas. Apoio da família. Seu quadro clínico (coma). Vontade de viver achando que o marido e os filhos estivessem vivos. Começa a perceber que estão lhe escondendo algo e descobre a morte dos filhos e do marido. Piora em seu quadro clínico devido à morte de seus entes queridos. Tempo que ficou no hospital e o tratamento. Hospital Antônio Pedro: infra-estrutura e sua reabertura pelo povo.

Lado B: Hospital Antônio Pedro: equipe médica, a reabertura do hospital pelo povo e lembranças de seu atendimento e tratamento. Ajuda dos escoteiros e de D. Maria Pérola. Saída do hospital. Foi morar na Avenida Sete de Setembro com a mãe, o irmão e a irmã. Sentimento de briga com relação ao Antônio Pedro. Ajuda de toda a população: solidariedade e comoção pública. Contato com os outros doentes. Ajuda de toda a equipe: psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, etc. Amparo fundamental de sua família, não só na época, mas até hoje. Reabilitação e as notícias que chegavam do acontecimento. Derrame e morte de sua mãe. Morou vinte e nove anos na Av. Sete e há dez anos mora em Icaraí com a irmã. Associação Fluminense de Reabilitação: sua entrada na AFR, tratamento e reabilitação. Começa a trabalhar na Associação. Contato com o público. Contato com os outros queimados. Sepultura do marido e dos filhos. O luto da cidade: Lembranças de como ficou a cidade, do trauma causado na população e a solidariedade prestada. Reconstrução de sua vida: apoio da família, carinho dos médicos e de toda a equipe. Trabalho e estudo. Apoio da irmã. Reportagens sobre o acontecimento. O acontecimento e a cidade: em que medida o acontecimento marcou a memória da cidade e sua importância para a história da cidade. Mudança na cidade e aumento da fiscalização. Como se explica o acidente: material do toldo de nylon, quem foi acusado e porque aconteceu o incêndio. Conseqüências: o medo que ficou até hoje. Infra-estrutura da cidade e a tragédia. Lição que a cidade tirou do acontecimento. Lembrança de onde se localizava o circo. Criação de um novo cemitério devido a grande quantidade de mortos e utilização do espaço do Caio Martins. Sensação ao passar nas proximidades de onde ocorreu a tragédia. Vale a pena lembrar do acontecimento? Niterói: na época era uma "província" e este acontecimento causou desespero na cidade. Ainda não existia a ponte Rio-Niterói. Comoção da cidade no dia seguinte e solidariedade de toda a população. Como os habitantes da cidade lidam com a memória deste acontecimento.


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