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Política no Brasil: Memória do PT

Entrevistado: Joaquim Aurélio de Oliveira
Entrevistador: Cátia Faria e Mirna Aragão de Medeiros
Tipo: entrevista temática
Duração: 05:40:00
Local: Rua Magé, 177 - Piabetá - Magé - RJ
Data: 11/30/2002
Sumário

Fita I - Lado - A:

Nome completo. Nasceu em Aracajú, em 19 de outubro de 1940. O pai ele não conheceu. A mãe, Maria Izabel de Oliveira, quando ele tinha mais ou menos dois meses veio para o Rio. Ela teve outro filho, que se chama Walter. E ele tem uma irmã por parte de pai. Conta algumas notícias do pai, de onde ele acha que ele é. Cresceu e foi criado em Aracajú pela avó. Estudou em escola pública municipal, diz que naquela época a escola pública era muito boa. Nesta época ele já trabalhava e estudava. Quando saiu do primário foi para a Escola Industrial em Aracajú, mantida pelo governo federal. Depois fez exame para a Marinha em 1959 e foi para a Escola de Aprendiz de Marinheiro na Bahia. Jurou a bandeira, sendo incorporado pela armada no Rio de Janeiro, no mesmo ano (1959). Depois na Marinha passou a estudar mais para complementar os estudos, mas os oficiais eram contra que os marinheiros estudassem. Porque, os oficiais não queriam que eles se igualassem a eles em conhecimento.Assim criavam todo tipo de impedimento para que eles não pudessem freqüentar as aulas.Os Marinheiros travaram algumas lutas dentro da marinha não somente reivindicações (melhores condições de vida, direito de estudar, de usar roupa civil, de casar, dentre outros), como também se incorporaram as lutas do momento político da época, apoiavam o presidente João Goulart (Reforma de base, Reforma Agrária...) O presidente estimulava o estudo dos marinheiros, investiu verba de 25 mil cruzeiros. Fundação da Associação Dos fuzileiros e Marinheiros Navais, a qual criticava a administração da Marinha, que os perseguia. Denunciavam os alto oficiais, através do jornal da associação que se chamava Tribuna do Mar e do programa de radio, na rádio Marinky Veiga. Luta pelo nacionalismo.Critica a Marinha por chamar os jovens a incorporarem a ela dizendo, venha para a Marinha você terá a oportunidade de conhecer o mundo, estimulando o sonhos de muitos jovens, entretanto não diz como realmente é quando se está lá dentro. Derrubada de João Goulart. Diz que este era acusado pela direita.A ideologia das forças armadas seguia os Estados Unidos.Os oficiais eram muito bitolados, para eles qualquer movimento nacionalista era comunista.Rigidez do regimento militar. Em 1964, fizeram uma assembléia na associação. Direção da associação, Cabo Anselmo, o qual mais tarde falaram que ele era ligado a Cia. Mas, na época os marinheiros acreditavam que ele estava com eles. A direção da associação estava com pedido de prisão rigorosa.Comemoração de dois anos de associação, com mais de 10 mil sócios
Decidiram que todos iriam se apresentar para a prisão. Ficou decidido que todos ficariam em assembléia permanente, entretanto entre eles havia o que eles chamam de "secreta de marinha" ou seja, dedo - duro, ligado ao serviço de informação da Marinha. Assim rapidamente os oficiais ficaram sabendo das decisões tomadas pela assembléia e foram acabar com a assembléia.Conscientizaram as tropas que foram prendê-los e estes se uniram a causa e depuseram as armas. E mandaram os "Catarinas", soldados do exército.Negociação - Presidente da casa Civil e outros deputados nacionalista foram falar com os marinheiros.Pediam a demissão do ministro da Marinha e ofereciam uma lista tríplice para a escolha do próximo Ministro.Foi aceita esta proposta pelo presidente.E os marinheiros depuseram o almirante da época e foi nomeado o almirante Paulo Mario(!?).Com isso a oficialidade se rebelou e ficaram em assembléia permanente, ficando no ar o clima do golpe.Nesta época cursava eletricidade no CIEW. Torciam pelo Vietnã. Antes da associação havia uma rixa entre os fuzileiros e marinheiros estimulada pela alta patente, depois da criação desta, eles se uniram.A UMNA, unidade de mobilização nacional pela anistia, entidade de militares cassados pelo golpe de 64.Casos de anistias de militares, injustas, continuam lutando.Começaram a eleger pessoas que defendiam as causas dos marinheiros como o Sargento Garcia Filho, no Rio.Antes do dia 31 de março, os oficiais passaram de curso em curso falando sobre a situação do país e que muitos subordinados estavam caminhando com grupos de esquerda, comunistas.

Fita I - Lado B:

CIEW, curso de especialização para marinheiros (cabos ,sargentos e oficiais). O oficial que passou na escola de eletricidade, ameaçou dizendo que sabia quem eram os comunistas e que aquela escola estava repleta deles.Joaquim não era filiado ao partido comunista e não se considera como tal se dizia nacionalista. Militar não podia ter filiação partidária.Todos os oficiais do CIEW deram serviço no dia 31 de março de metralhadora, os sargentos de revólver e a gente desarmado. A maioria da escola eram os praças, os marinheiros.No dia 31 de março já havia o boato do golpe, antes até já havia coisas no ar, o clima estava muito pesado. O comício do dia 13 de março, na central.Brizola, o grupo dos onze. Os oficiais passaram a ser chamado de "gorilas". Volta no caso da assembléia do sindicato dos Marinheiros, a negociação, as tropas do Presidente da República foram para lá nos recolher. Sumiço do livro de presença do sindicato, depois esse livro apareceu no Ministério da Marinha. Comprovando a presença da "secreta" da marinha entre eles.Madrugada do dia 1º de Abril, acordaram os marinheiros e cada um recebeu um fuzil "1908" e junto com este 10 balas e disseram que estavam tomando o Ministério da Marinha, que eles tinham que ir para lá. Erros cometidos por João Goulart do ponto de vista estratégico.Golpe de 64.Homenagem a João Cândido. As notícias dos dias que seguiram o dia 1º de Abril.Resistência no Rio Grande do Sul, na época da posse de João Goulart. Os militares cassados não podiam portar carteira de identidade.Volta para seus dados pessoais, terminou o curso de eletro - técnico, e a marinha ia mandá-lo para Campo Grande , no Mato Grosso do Sul, para um navio, isto antes do golpe. Foi neste ínterim, que saiu a primeira lista com os militares expulsos, na qual ele constava. O procedimento administrativo e investigativo feito pelos oficiais aos marinheiros antes da expulsão. Joaquim conseguiu tirar o titulo de eleitor, carteira de identidade e de trabalho antes da expulsão.Caso dos foguetes, soltaram vários foguetes em direção a sala de estado no dia da expulsão. A partir deste dia iniciou sua vida de civil, nesta época já estava noivo."Rádio menor da gola", rede de informação entre os marinheiros. Com a expulsão passaram a responder inquérito no segundo Tribunal de Júri. A primeira audiência tinham 22 advogados.No segundo só tinham dez e na ultima audiência ,que ele foi, tinham somente quatro.Depois disso deixaram o processo "correr" a revelia, não foram mais. Entrou para a juventude do PSB, onde ele obteve ajuda. Dificuldades financeiras.

Fita II - Lado A:

Emprego na fabrica nacional de motores como eletricista, em Niterói.A família da GlÓria, noiva.Depois teve vários outros empregos.Até que conseguiu um emprego na Cruzeiro, aviação. Como funcionava a hierarquia dentro da empresa. Ele foi promovido dentro da Cruzeiro ( caso do tempo computado como eletro-técnico para poder conseguir a promoção). " A ignorância que astravanca o progresso" - Chico Anísio, na época fazia sucesso com o programa Chico City. Joaquim falou esta frase quando estava discutindo sobre a sua promoção com o diretor da empresa. Voltando em 1966 quando saiu a condenação da marinha, expediram uma ordem de serviço de captura, de prisão. Assim durante este período Joaquim ficou clandestino. O seqüestro do embaixador americano.Quando ele entrou para a Cruzeiro pediram o atestado de bons antecedentes, ele tirou somente o protocolo e a empresa sempre pedia o atestado e se passaram quatro anos. Retornando para o caso da promoção, houve uma modificação no sistema de funcionamento da empresa devido ao protesto junto a diretoria. Conseguindo assim a promoção, foi indicado para fazer um curso. Para poder fazer este curso ele tinha que levar a folha corrida (o atestado de bons antecedentes). Para ele, em 1974, sua pena já teria préscrito. Quando foi pegar o atestado, ele foi preso. Ele foi levado para a delegacia, ficou preso lá uns dias. E da delegacia foi para o presídio naval.

Fita II - Lado B

O fim dos partidos. O discurso de Marcio Moreira Alves. A Arena e o MDB.A intervenção nos sindicatos. Volta para o presídio naval, descreve o presídio, fica na cela junto com bandidos que cometeram crimes comuns. Ele ficou neste presídio durante dois meses. Transferência para o Desip. Fala da tentativa de criação de um grupo de "caça" aos oficiais, em Sepetiba, antes do golpe. Depois ele foi para o presídio Helio Gomes, presídio de trânsito. Discutiu com um guarda ao chegar lá, que disse que os marinheiros queriam "comunizar" o país. Em conseqüência desse fato foi colocado junto com os presos comuns. Artigo 130, artigo militar. "Birolho " "Pé na cova" xerifes da cela. Recebeu o apelido de Naval. O convívio na cela. Conta como chegava as drogas dentro da cela. Futebol no gelo. Os bandidos observavam no dia de visita, quem visitava quem. Depois exigiam dinheiro, comida da visita que era conhecida como "mala cheia" (bem vestida, como boa aparência,...) Sua esposa, Gloria, foi considerada "mala cheia". A policia fornecia as drogas. Ele ficou três dias nesta cela, como dito por ele no inferno. A transferência de um bandido chamado Carlão para a cela, com um colchão, o que significava que dentro daquele colchão poderia ter uma faca ou algo parecido.

Fita III - Lado A:Avisaram a ele que iria haver uma confusão na cela. E quando há uma morte eles mandam o novato da cela, que nesse caso era ele próprio, executar o crime. Com esse alerta ele pediu transferência de cela. Assim, ele foi transferido para a cela dos crentes. Rezavam o dia todo e ele não gostava de reza. A transferência para a Ilha Grande. Chegando lá foi para a galeria 2 A, onde só havia presos políticos. Conta como eles eram respeitados no presídio. A farmácia deles ajudavam a todos, tanto os presos comuns quanto eles. O encontro com seus antigos companheiros. A organização dentro do presídio. A formação do colegiado, para representá-los junto a diretoria do presídio. As visitas traziam alimentos para melhorar a comida do presídio, que era feita pelos presos comuns. A comida era muito gordurosa. Então, eles pegavam esta comida e a melhorava. Eles se organizavam , dividiam tarefas, limpavam a galeria. Criaram um fundo comunitário, entretanto nem todo mundo participava. Algumas esposas de militares passaram a receber uma pensão de "morto vivo". Ele era responsável pela "cubicular", que dividia os alimentos, os remédios, o material de limpeza.

Fita III - Lado B:

Faziam assembléias. Conta do período antes dele ir para a Ilha Grande que foi um período muito difícil, onde os presos políticos ficavam junto com os presos comuns. Os assaltos a banco começaram com os presos políticos, as organizações dentro das cadeias, tudo isso os presos comuns adquiriram dos presos políticos. A diferença das visões dos presos políticos e comuns. A diretoria do presídio fornecia barcos para as famílias dos presos comuns que saía da Praça XV para ir para Ilha Grande, faziam festa para as famílias com bolo e refrigerante. E para as famílias dos presos políticos não havia nada, eram extremamente rigorosos. Tinham que ir até Mangaratiba e fretar um barco de pescador para chegar ao presídio. Sua esposa Gloria com sete meses de gravidez foi a Ilha Grande. Conta o dia a dia. Todo mundo ensinava o que sabia, tinha aulas de inglês, geografia, artesanato,....Joaquim mostra o artesanato na madeira que ele fez, as famílias vendiam os artesanatos. Ele dava aulas de eletricidade. Conta a necessidade que sua família passou enquanto ele estava preso, ele já tinha quatro filhos e sua esposa estava grávida do quinto. Muitas esposas se separaram dos maridos, enquanto eles estavam presos. Começaram a travar uma luta para eles sairem do presídio, mandavam cartas para os parlamentares que saíam do presídio dentro dos quatros, escondidas, pois as cartas eram censuradas. Fizeram uma greve de fome, tomavam um soro com água açúcar e sal. Conta como foi a greve de fome, que durou 16 dias e eles conseguiram a transferência para o continente. As presas políticas conversaram com as presas comuns para que eles fossem transferidos para o presídio Talavera Bruce. Desta forma eles foram para lá, e ele foi no primeiro contingente.


Fita IV - Lado A:

Houve uma divisão entre eles, um grupo construiu uns "biombos" para terem visitas intimas, e o outro, no qual seu Joaquim se incluía, era contra.Gloria e Dr. Vera, advogada e esposa de Amadeu Rocha, levaram sua vara de soltura. Alguns amigos não aceitaram o indulto concedido por Geisel. A readaptação fora do presídio. Criticas ao período de reabertura política, a Tancredo e Sarney. Começou a trabalhar no frigorífico Casa da Banha. Ajudas que recebeu de amigos durante o período que estava preso e depois. Foi demitido por empregar o pessoal do sindicato, mais mulheres do que homens. O percurso da viagem até a Amazônia. Trabalho na Amazônia, projeto Radan, em uma mina de bauxita da Vale do rio Doce. Sipa, serviço de proteção ao trabalhador. Como era o trabalho na mina. A diversão era no porto. Volta a Ilha Grande, no primeiro Natal que ele passou lá. Tumulto no porto.

Fita IV - Lado B:
Tumulto no porto. Os militares de Santarém, forma nos acampamentos tiraram as pessoas que estavam dormindo e olhavam as mãos, pois durante a
confusão, quem participou atirou pedras de bauxitas. Muitas pessoas foram presas e outras sumiram. Joaquim não participou da confusão. Logo depois disso se desentendeu com o engenheiro e foi demitido. Continuou participando da luta contra a ditadura. Dificuldade das pessoas se reunirem. Se filiou a uma célula do partido comunista, depois de algum tempo essa célula caiu, ele não estava presente, mas a família que sediava as reuniões foi presa. Fala dos companheiros que participavam das reuniões. Greve do ABC paulista. A necessidade de ter na lei o direito a greve, foi quando surgiu a idéia de formar o PT. Para lutar contra a ditadura de maneira legal formaram as associações de moradores. Participou da formação da associação de moradores de Magé. Em Duque de Caxias começou junto com outras pessoas a formar o PT.José Eudes do MDB, era deputado apostou na formação do novo partido contribuindo com seu salário. A formação e organização do PT. A reforma partidária. Joaquim saiu de Duque de Caxias e para formar o núcleo em Magé. Professora Dora, pessoa muito importante para a formação do partido, ajudou financeiramente. Neste mesmo momento estavam formando uma associação de moradores em Magé, e resolveram que naquele momento o PT seria mais importante. Luta para a legalização. Os companheiros da fundação.Não participa de nenhuma corrente dentro do partido, pois cada uma delas trazia em determinado momento com boas idéias. Muitos debates dentro do partido. A igreja era muito forte em Magé, e por isso o PT não era bem visto. Concorreu por duas vezes para vereador e uma vez foi indicado para sair como prefeito. Neste último houve divergências, o outro candidato ganhou na convenção, acontecendo um racha no partido.

Fita V - Lado A:

Continua a falar sobre o racha do PT de Magé. Volta a legalização, a convenção da legalização. Dora foi a primeira candidata a prefeitura de Magé pelo PT, em 1982. Havia muito machismo. E neste mesmo ano Joaquim foi candidato a vereador. A campanha com muitas dificuldades. Não tinha tempo para família, dedicava todo o seu tempo na formação do partido. O grupo do companheiro Waldo (pai da Eliane de Angra dos Reis). Nesta época a gasolina estava muito cara e passaram a roubar gasolina.E um dia quando estavam reunidos roubaram a gasolina do carro da Dora e tiveram que passar a noite inteira dentro do carro. Sempre foram para as eleições sem dinheiro e sempre quem ganhava eram as oligarquias. O PT do Rio de Janeiro não os assistia, mas
também porque não tinham. O PT de Magé ajudou a afundar o PT de Cachoeiras de Macacu e Angra dos Reis. Companheiro Manuel Ferreira de Lima. O PT de Angra dos Reis. Sindicato dos Lavradores, em Magé, apoiava o PT. Participação em várias lutas junto com os sindicatos (metalúrgico,bancários,...). Formação do embrião da CUT. Campanha do Moreira Franco, Rondon era diretor da Emac, onde Joaquim trabalhava na época. Assim o diretor foi pedir votos para o Moreira Franco ameaçando os funcionários, que se ele não ganhasse uma "nuvem negra" cairia sobre eles. E Joaquim pediu a palavra.
Fita V - Lado B:
Joaquim pediu a palavra e explicou para seus companheiros a situação política da Emac e falou do PT. Ele tentava conscientizar politicamente seus colegas de trabalho. Sua demissão da Emac. Depois foi designado mesário, para coletar os votos do sindicato dos metalúrgicos. As Diretas Já, muita luta. Lembra que levou todos os filhos para o comício. Traição de Tancredo. Debate da ida ou não ao colegiado, luta interna dentro do partido. A Constituinte, esperanças. Todos os debates da sociedade são tratados dentro do partido. Hoje
a direita incorporou muitos slogans e palavras que o PT criou. A eleição presidencial de 2002. PT - partido de baixo para cima. A participação feminina no partido. A necessidade de sustentar o governo Lula. As eleições de 1989, nesta eleição não havia divisões no partido.
Fita VI - Lado A:
As eleições de 1989 (arrecadação de verbas, a campanha). A derrota de Lula e a estratégia para vencer de Collor. O último debate. A queda do muro de Berlim. A visão de que a revolução da União Soviética era para sempre. A saída da Convergência Socialista, um partido dentro do partido. Tinha suas próprias finanças, seu próprio jornal e suas decisões. O PSTU. A mudança de discurso do PT, uma transformação gradual para haver uma maior identificação com o povo. O PT se preparou para presidir o país com um diálogo, onde todos terão um espaço tanto o trabalhador quanto o empregador. Lula a estrela maior do PT, um ponto de aglutinação do partido. O companheiro Lula. As esperanças do governo Lula. A realidade brasileira. As dificuldades que precisam ser enfrentadas. Mario Andreaza, ministro do transporte, na época da ditadura. A corrupção na época da ditadura. A dificuldade de conseguir emprego. A desvalorização do salário. A UMNA, entidade dos militares cassados. Lutam pela anistia e pelo resgate de João Candido. A construção de um monumento em homenagem a João Candido. O projeto foi aprovado a seis anos, mas não conseguiram ainda verbas para a construção. A anistia dos marinheiros. Joaquim foi reintegrado em 1991, mas continua com processo para a reintegração total.

Fita VI - Lado B:

Hoje ainda participa de muitas lutas, o PT, a UMNA, os filhos. Trabalho com o transporte alternativo (van). Critica ao monopólio dos transportes. Preocupação com o futuro dos filhos. A felicidade de poder deixar uma casa para os filhos.

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