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Política no Brasil: Treinamento guerrilheiro em Cuba

Entrevistado: Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz
Entrevistador: Denise Rollemberg
Tipo: entrevista temática
Duração: 05:30:00
Local: Rio de Janeiro - RJ
Data: 07/19/2000
Sumário


Fita I - Lado A:

A fita se inicia com a localização, data, os nomes do entrevistado e do entrevistador da entrevista. Narra em que ano Carlos Eugênio foi para Paris, Cuba e a passagem pelo Chile onde fez um curso de guerrilha. Também conta como ele conseguiu viajar e sua trajetória ao sair do Brasil. Além disso, fala sobre os documentos que possuía, os motivos pelo qual rejeitou disfarces, embora estivesse geralmente bem arrumado (para executar um assalto, por exemplo), como era o controle na fronteira do país, a relação entre a população brasileira e a Ditadura. Como complemento, narra como as pessoas se comportavam perante os assaltos e sobre uma de suas experiências no Mangue, uma metalúrgica de São Paulo. Termina falando sobre o jornalismo brasileiro hoje em dia.

Fita I - Lado B:

Carlos Eugênio fala de a tortura ter sido assumida pelos militares, o apoio da direita no Golpe militar e o governo de João Goulart na visão dele. Em relação aos seus pais, Eugênio conta se eles eram de algum partido e em que seu pai trabalhou. Comenta sobre sua clandestinidade na volta ao Brasil e como conseguiu sua anistia sendo obrigado passar por entrevistas. Explica o estatuto dos refugiados na França, assume sua autoconfiança, pois ele achava que nunca ia "cair" e se os outros guerrilheiros tinham esse mesmo sentimento.


Fita II - Lado A:

Eugênio fala se eles alegravam-se por estarem contribuindo com a revolução, já que isso não está presente nos textos biográficos, sua opinião sobre os treinamentos, que não seria muito adequado, mas, que teria sido somente para o primeiro grupo. Comenta a nomeação de Cuba como um Mito, coisa que, para ele, não corresponde com a realidade pelas facilidades que existiam para se ter uma revolução como, por exemplo, o poder que já estava se enfraquecendo e a esquerda era forte, diferente das condições no Brasil. Carlos Eugênio fala sobre a política do Fidel Castro diferenciada do Che Guevara e a ligação pelo qual o país deles havia com a União Soviética.

Fita II - Lado B:

Depois da morte do Mariguela, Carlos Eugênio fala como foi à chegada do Toledo no comando da organização, seu posicionamento em relação à guerrilha, e as diferencias existente perante o seu antecessor e na época, qual era a preferência do Carlos entre os dois
comandantes. Ele fala também de sua posição ao seqüestro do americano, do seu treinamento no forte de Copacabana, do convite para fazer parte da organização nacional dando a ele a tarefa de remontar o trabalho armado todo da ALN em São Paulo. Narra o apoio do partido comunista italiano e sobre o comandante Raul

Fita III - Lado A:


Inicia-se com a continuação sobre o comandante Raul. Fala sobre a desigualdade entre os próprios companheiros entre si, a autoridade excessiva dos cubanos, a tentativa do Pacheco em impedir que o primeiro grupo do MOLIPO caísse e como eram as nomeações de comandantes. Carlos também comenta a precisão de um agente duplo, a pretensão dos cubanos em tentar influenciar na organização interna e sobre o cabo Anselmo que passou várias informações, e assim era um traidor. Carlos Eugênio finaliza com as várias especulações, entre elas que alguns do MOLIPO teriam sido visto em São Paulo e o presidente do PT que dificilmente assume ter feito parte desta organização.


Fita III - Lado B:

 

Carlos Eugênio fala de um texto que fez após sete anos no analista e um livro que seu pai escreveu contando da experiência que teve quando ele estava na clandestinidade.

Fita IV - Lado A:


O outro dia de entrevista começa com a localização, data e nomes do entrevistado e entrevistador. Carlos conta a intenção de tentar fazer um congresso com ALN propondo fazer um balanceamento. Sobre sua mãe, ele fala da prisão dela, das torturas que sofreu, a participação dela na anistia e quando morreu. Descreve a indecisão de voltar para a Europa ou para Cuba, sobre o alto investimento no campo, a Morte do Marighela que seria responsável pela a queda dos contatos no Campo.

Fita IV - Lado B:

Carlos fala das estratégias do Toledo, o resgate de noventas pessoas, o apoio de Cuba na América latina e a importância dada ao Che Guevara e Fidel Castro ditos responsáveis pela a revolução Cubana. Ele assume que os brasileiros deveriam ser responsáveis pela política da própria guerrilha e não os cubanos, coisa que não aconteceu no MOLIPO e fala também de documentos que sobre um informante no nesse grupo.

 

Fita V - Lado A:

Carlos Eugênio narra sua hospedagem quando chegou a Cuba, da direção da ALN dirigida por pessoas muito jovens, o "racha" dessa organização, de onde surgiu o nome MOLIPO e quem liderava. Fala do apoio da Coréia do Norte, do nome Primavera ao MOLIPO e os empregos em que o Eugênio trabalhou.

 

Fita V - Lado B:

Fala do seu distanciamento com as pessoas que estavam exiladas, sobre o Márcio que teria provocado várias prisões e quedas e acabou passando pelo justiçamento, o sofrimento dele por ter matado algumas pessoas e pela perda de pessoas importantes na vida dele. Também narra quando ele começou usar drogas e seu atentado de suicídio.

Fita VI - A:

Carlos Eugênio continua narrando quando quis se suicidar. Sobre o livro que escreveu, fala sobre o primeiro texto que faz e quando e como começou fazer o livro. Descreve as críticas que sofreu da esquerda pelo conteúdo da entrevista ao JB, uma emboscada em que morreram três morreram e a Ana escapou, o período em que usou drogas e como conseguiu largar, e sua volta ao Brasil após a dinastia. Em relação aos seus pais, fala quando seu pai morreu, o casamento deles e a separação, e de onde eram.


Fita VI - Lado B:


Sobre seu pai, fala do que escreveu sobre a preocupação de ter o filho na guerrilha, onde nasceu, o apoio que ele deu a mãe do Eugenio quando ela foi presa, as instruções dadas ao Carlos Eugênio quando disse que ia para a luta armada, quando a polícia invadiu sua casa e o levaram pra ver a tortura onde chegou ver companheiros mortos. Conta sobre o nome Clemente, seu personagem no seu livro e onde surgiu o nome. Fala também sobre Reportagem no Estadão em que mostra que o Carlos sabia mais do caso do Marcio.

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