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Mídias no Brasil: Fotojornalismo no Brasil

Entrevistado: Milton Guran
Entrevistador: Ana Maria Mauad
Tipo: entrevista temática
Duração: 00:40:00
Local: Rio de Janeiro/RJ
Data: 05/09/2006
Sumário

Fita I - Lado A: Contextualizando a produção da fotografia de Tancredo Neves e Ulisses Guimarães, Milton Guran conta que ela foi tirada anos antes de sua publicação, durante a reunião do Comitê pela Anistia. Insere-a dentro do contexto de um movimento independente de agências de fotógrafos, onde se inscrevia a "Ágio", e fala sobre a pauta do mesmo. Comenta a desestruturação do fotojornalismo durante a ditadura e compara o exercício da fotografia em meados dos anos 70 ao regime de trabalho do bóia-fria. Classifica a geração de ouro das revistas ilustradas como exceção. Comenta a entrada em cena do fotógrafo de classe média - universitário - e fala sobre sua experiência acadêmica, que fora interrompida. Recupera a experiência do movimento independente, acrescentando a criação de um arquivo com as fotografias tiradas que não interessavam ao patronato. Fala sobre a relação entre a "Ágio" e a "Isto É", a atuação full time dos fotógrafos da "Ágio", a composição do núcleo duro desta e a atividade destes membros hoje. Situa a "Ágio" neste movimento, destacando a função e a criação dela. Explica as características técnicas da fotografia em questão, típicas do movimento documentalista em que está inscrita. Destaca a importância do ângulo. Explica o que é filme puxado. Fala novamente sobre o contexto de produção da foto, acrescentando que apesar, da imagem não ser hot news quando da publicação, era emblemática da situação vivida: as Diretas Já. Ressalta a anterioridade da relação entre Tancredo e Ulisses. Fala rapidamente sobre a quantidade de filmes gastos. Analisa a fotografia enquanto momento intuído, e destaca o papel ou do talento natural ou do entendimento da cena para a captura desse momento.

Lado B: Discorre sobre o exercício da fotografia a partir da definição de Cartier-Bresson. Dialoga com a entrevistadora sobre a foto de Juscelino produzida por Flávio Damm. Enquadra a fotografia em discussão e a do Jânio Quadros produzida por Erno Schneider na problemática da intuição. Relembra o clima de tensão que cercava as reuniões do Comitê pela Anistia. Fala sobre sua função dentro da "Ágio" e sobre a dinâmica de trabalho dessa agência. Parte da noção de foto eficiente para definir que imagem comunica melhor que outra, e usa como exemplo a fotografia tema da entrevista.

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