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Independência de Angola

Entrevistado: Américo Gonçalves
Entrevistador: Marcelo Bittencourt
Tipo: entrevista temática
Duração: 03:00:00
Local: Luanda - Angola
Data: 01/31/1995
Sumário


FITA I - LADO A:

Data e local de nascimento. Motivo de não ter ingressado em nenhum dos 3 movimentos (MPLA, FNLA e UNITA). As origens do MPLA, discussões sobre o ano de fundação do MPLA, sobre o 4 de fevereiro de 1961 (Cônego Manuel das Neves) e a Revolta da Baixa de Cassange. Ligação entre os Partidos Comunistas (especialmente de Angola e Portugal) e o MPLA. A Casa dos Estudantes do Império (CEI) (papel de aglutinadora da juventude, fuga de estudantes de Lisboa). Comentários sobre a afirmação que a despeito de uma matriz kimbundo o MPLA foi o que melhor representou um perfil. Relação do MPLA no pós-independência com os regionalismos, tribalismos (questão tribal como arma a ser manipulada). Existe "algo" ligado a raça que perpassa a sociedade, mas não é criação dos movimentos de libertação e sim do colonizador português.

FITA I - LADO B:

Questão tribal - manipulação, lei do menor esforço (para quando não se encontra uma explicação plausível e profunda), se desperdiça as semelhanças em favor das diferenças. Episódio ocorrido em 1992 envolvendo os "zairenses". Acusações a UNITA (mitos e ritos). Idéia de frente concebida por Viriato da Cruz. Revolta Ativa, suas representações. E posterior "caça as bruxas". Influência do 25 de abril de 1974 nas dissidências. Lutas e disputas: interior e exterior.

FITA II - LADO A:

Revolta do Leste. Congresso de Lusaka. Tática do MPLA - as crises em seu interior são um constante fator de fortalecimento. Discurso marxista - necessidade do momento, falta de apoio internacional e a alternativa soviética. Influências da Guerra Fria. Congresso de Lusaka e Conferencia Inter-regional dos Militantes do MPLA.

FITA II - LADO B:

Relação MFA e MPLA. Relações com Cuba. Principais pontos decididos na reunião de outubro de 1976 do Comitê Central do MPLA (orientação marxista-leninista). Popularidade e bases de apoio de Nito Alves, divergências entre Nito Alves e Neto. Relação entre maquis e aqueles que fizeram a luta clandestina. Relação do MPLA que vem do exílio e os comitês. Instrumentalização de um discurso racial por Nito Laves.

FITA III - LADO A:

Rápida ascensão de Nito Alves no interior do MPLA, grupos representados (identificação com o interior), apoio dos Comitês (montagem da rede), oratória mobilizadora, apoio soviético, inquérito, afastamento do Comitê Central, discussão a respeito de por que motivo o MPLA-Neto demora tanto a responder a montagem do aparelho nitista, contra-ofensiva violenta (sem controle), discursos proferidos por Neto, ligação do golpe com a transição do MPLA movimento a partido político.

FITA III - LADO B:

Apoio internacional ao golpe. Discussão se o golpe acelera ou não a transformação do MPLA em Partido Marxista-Leninista, se houve uma adesão dos quadros a esta ideologia ou se foi apenas uma postura formal e até que ponto isto permite que o MPLA esconda suas clivagens regionais, étnicas e raciais. Comentários sobre a afirmação de que Neto vinha realizando uma política de aproximação com o Ocidente. Relação do movimento/partido com a questão étnica e racial.

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