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Independência de Angola

Entrevistado: Benigno Vieira Lopes (Sr. Ingo)
Entrevistador: Marcelo Bittencourt
Tipo: entrevista temática
Duração: 03:15:00
Local: Luanda - Angola
Data: 02/13/1995
Sumário


FITA I - LADO A:

Ano de ingresso no movimento (1961), justificativa da opção pelo MPLA. Questão do ano de fundação do MPLA. Ligação entre Partido Comunista de Angola e MPLA. Apoio dos partidos portugueses ao MPLA. Fugas dos estudantes de Portugal. Breve histórico de atuação no movimento/partido (expulsão do Congo-Leopoldville - 1963, chegada a Brazzaville - 1963; reabertura da Frente de Cabinda - 1964, ida ao Centro de Instrução Revolucionário como Instrutor Militar). Armamentos do MPLA detidos em Brazzaville.


FITA I - LADO B:


Transporte na clandestinidade de homens e meios a Brazzaville, em seguida a Leopoldville e por fim a fronteira com Angola (1965/1966). Formação do Esquadrão Cienfuegos e posterior chegada ao interior. Entrada de médicos na clandestinidade em Leopoldville - Corpo Voluntário Angolano de Assistência aos Refugiados (CVAAR). Independência do Congo. Reconhecimento do MPLA pela Organização da Unidade Africana (OUA) após a abertura da Frente de Cabinda. Dificuldades enfrentadas enquanto comandante do Esquadrão Kamy. Junção dos Esquadrões Cienfuegos e Kamy. Atuação como elemento de contato entre a guerrilha e as células clandestinas. Prisão em 1972.

FITA II - LADO A:

Continuação do histórico de atuação no movimento/partido. Experiência na 1ª Região. Comentários sobre a afirmação de que a despeito de uma matriz kimbundo, o MPLA era o movimento que melhor representava um perfil nacional. Dissidência Viriato da Cruz. Fundação da OUA em Adis Abeba e criação de um comitê de reconciliação (que não reconcilia). Adesão de Viriato da Cruz a FNLA como MPLA e posterior ida à China. Revolta Ativa.

FITA II - LADO B:

Revolta Ativa. Revolta do Leste (representatividade majoritariamente étnica). Discussão se Chipenda foi visto pelos soviéticos como uma alternativa ao independentismo de Neto. Congresso de Lusaka. A quem Nito Alves representava (jovens da clandestinidade, alguns dirigentes da 1ª Região), rápida ascensão (tem inicio no Congresso de Lusaka), relação com o poder popular, domínio da oratória.

FITA III - LADO A:

Adesão dos principais combatentes da 1ª Região à Nito Alves (muitos responsáveis pelas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola - FAPLA - foram provenientes da guerrilha 1ª Região e da corrente da clandestinidade). Discurso mobilizador, demagógico, racista. Discussão se Nito Alves tinha ou não uma concepção diferente de MPLA ou se era apenas uma luta pelo poder. Atentado feito pelos fraccionistas. Contra-ofensiva violenta. Morte de muitos jovens capacitados. Questão se foi ou não um conflito de gerações entre os mais jovens e aqueles que fizeram a guerrilha. Problemas da 1ª Região (desde a chegada do Esquadrão Kamy, não houve mais contato com o exterior, ficou isolada, sem comunicação). Monstro Imortal e a adesão à corrente fraccionista. Discussão se a URSS via em Nito Alves uma alternativa a Neto. Comentários sobre a hipótese de Neto ter sido personalista e de ter sido este o motivo de várias dissidências no interior do MPLA. Mudanças ocorridas com a transformação do MPLA de movimento a partido (no discurso). Questão se houve uma absorção da ideologia socialista pelos quadros do MPLA ou se apenas foi uma posição formal. Comentários sobre a afirmação de que Neto vinha elaborando uma política de aproximação com o Ocidente (fins da década de 1970) e em que medida José Eduardo dos Santos deu continuidade a esta política.

FITA III - LADO B:

Comentários sobre a afirmação de que Neto vinha elaborando uma política de aproximação com o Ocidente (fins da década de 1970) e em que medida José Eduardo dos Santos deu continuidade a esta política. Comentários sobre a 1ª Região - dificuldades internas e externas.


FITA IV - LADO A:

Comentários sobre a 1ª Região - dificuldades internas e externas. Prisão pela PIDE.

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