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Independência de Angola

Entrevistado: Fernando Pacheco
Entrevistador: Marcelo Bittencourt
Tipo: entrevista temática
Duração: 02:45:00
Local: Luanda - Angola
Data: 09/15/1997
Sumário


FITA I - LADO A :

Proveniência (Província do Kwanza Sul). Influência brasileira na infância. Ida aoLiceu de Luanda e Processo dos 50. Aprendizado do nacionalismo em casa. Envolvimento em círculos "moderados", não engajados na luta de libertação. Experiência do 4 de fevereiro de 1961. Trajetória durante o período de estudante de engajamento indireto na luta de libertação. Amizade com indivíduos (José Van Dunen, Germano Espírito de Andrade, etc) engajados na luta de libertação (CRL - Comitê Regional de Luanda). Prisão dos amigos em 1969 e ida ao Huambo (cursar Agronomia). Ligação com os angolanos negros e debate sobre o engajamento na luta, opção por não partir para a guerrilha, atuação na conscientização da população da região. Instalação no Huambo da missão de extensão rural. 25 de Abril de 1974 e os resultados da atuação até então no Huambo. Ações da UNITA. Fragilidade do MPLA no Huambo e a força conquistada pela UNITA no Planalto Central.


FITA I - LADO B:

Inicio dos conflitos no Huambo (1975). Expulsão da UNITA de Luanda e do MPLA do Huambo. Ajuda dos portugueses colonos à UNITA, volta do MPLA ao Huambo (1976), dificuldades enfrentadas. Quadros ovimbundos na UNITA quanto no MPLA. Cargos ocupados no MPLA. Afastamento do MPLA. Dificuldades da luta clandestina em Luanda (1966) e retomada a partir daí com a chegada da nova geração.

FITA II - LADO A:

Convite recebido em 1968 para participar organicamente da luta clandestina feita pelo grupo de José Van-Dunen. Atuação da luta clandestina (concentrada na conscientização da população e recolhimento de medicamentos e roupas para os presos políticos e para os integrantes da 1ª Região). Questão da falta de documentação do MPLA em Luanda, organização da PIDE, dificuldades e mal organização clandestina; Eleições no território português (1969) e ação do CRL em Luanda. Prisão dos integrantes da CRL pela PIDE. Repercussão das dissidências do MPLA em Luanda. Crítica a falta de proposta do MPLA. Repercussão das prisões dos integrantes da Revolta Ativa e da OCA (1975) e das movimentações de Nito Alves. Crítica as práticas e a posição ideológica de Nito Alves.

FITA II - LADO B (ouvir depois os 10 minutos iniciais)

Divisão no MPLA. Discussão se Nito Alves representou uma alternativa a Agostinho Neto. 27 de Maio de 1977 - repressão e conseqüências do golpe. Relação de forças entre quem fez maqui e quem ficou dentro. MPLA urbano e o vazio de políticas agrárias.

FITA III - LADO A:

Diálogos com Lúcio Lara sobre as questões rurais que não se efetivaram como políticas do Estado, maior impacto do sistema econômico colonial no campo e falta de proposta do MPLA para resolver essa questão. Relação entre a independência, a saída dos portugueses (comerciantes) e a tentativa mal-sucedida do MPLA de reconstruir uma intermediação através das cooperativas. Diferenças
entre a aldeia cumunal (Moçambique) e a cooperativa (Angola). Crítica a dois tipos de política agrária do MPLA na década de 70 através de três palavras de ordem ("fazer cooperativas", "socializar o campo" e "produzir para resistir") e àquela efetivamente estatizante. Cooperativas das regiões de Malange, Kwanza Sul e a especificidade (e abandono) do Huambo.

FITA III - LADO B:

Problemas da agricultura atual (vazio de produção de todo tipo). Política agrícola desastrosa permitiu que a UNITA ganhasse o planalto, ou seja, a frágil posição do MPLA no planalto como resultante da falta de políticas agrícolas nos anos 1970. Cooperativas e empresas estatais.

 

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