Skip to content

Independência de Angola

Entrevistado: Jean Michel Mabeko Tali
Entrevistador: Marcelo Bittencourt
Tipo: entrevista temática
Duração: 03:30:00
Local: Luanda - Angola
Data: 02/21/1995
Sumário


FITA I - LADO A:

Dissidência de Viriato da Cruz. Viriato exerce importante papel de dinamizador do processo de formação do MPLA no exterior, tinha visão ideológica da luta de libertação, visão analítica, confrontação com elementos nacionalistas que não tinham a mesma visão que ele, frustrações, ressentimentos e complexos entre não universitários (Viariato da Cruz) e universitários (Agostinho Neto, Lucio Lara, Mario de Andrade, Gentil Viana). Debate sobre a liderança do movimento que girou em volta da cor da pele e que condicionou as relações raciais no interior do MPLA. Discurso racista da FNLA. Desejo de Viriato da Cruz de dirigir o movimento com a visão que tinha do processo nacionalista a despeito do fato de ser mulato, contradições, proposta de uma liderança formada por negros, saída do MPLA para FNLA (na condição de aliança MPLA/FNLA) e discussão se foi um oportunismo ou estratégia. Questão do ano de fundação do MPLA.


FITA I - LADO B:

Surgimento do nome FNLA (1962) por sugestão de Fanon. Transferência do MPLA para Leopoldville. Fuga de quadros. Afastamento de Mário de Andrade e Santos Lima (1963). O MPLA dos anos 1960 (conjunto de problemas mal resolvidos). Críticas à idéia da constituição dos movimentos relacionados às bases étnicas (FNLA - Bakongo, MPLA - Kimbundo, UNITA - Ovimbundo) - visão esquemática. Período de crescimento do MPLA entre 1963 e 1971 - equilíbrio precário.

FITA II - LADO A :

A pobreza (material) da guerrilha do MPLA, a despeito da afirmação de ter tido apoio soviético. Revolta de Jibóia na Frente Leste (o MPLA cria essa frente não com quadros locais, mas com quadros estrangeiros, de fora dessa região). Abandono, isolamento da 1ª Região, falta de comunicação entre as diversas frentes, compartimentalização da guerrilha, papel centralizador de Neto. Aparecimento de Chipenda 1969, não como dissidente, mas como intermediador entre Jibóia e a Direção do MPLA. Crise de 1972 (colocados todos os problemas que vinham sendo adiados).

FITA II - LADO B:

Crise de 1972 - a mais grave crise interna em termos de conteúdo desde 1963, lança alicerces para a crise nitista. Movimento de Reajustamento na Frente Leste (1971) e na Frente Norte. Revolta Ativa - discurso, apresentação, acusações, relação com o 25 de abril de 1974.

FITA III - LADO A:

Relação entre o MPLA e os grupos clandestinos de Luanda quando da entrada do MPLA na capital e a ligação destes grupos com Nito Alves. Rápida ascensão de Nito Alves (trajetória política), criação e organização do aparelho nitista (Nito Alves, José Van-Dúnem, Sita Veles).

FITA III - LADO B:

Promoção de Nito Alves no MPLA, projeto do novo contra o velho, papel "cerebral" de José Van-Dúnem, relação entre a direção do MPLA e o grupo de Nito Alves, punição estatutária a Nito Alves e sua conseqüência para o golpe, discurso de Nito Alves (racial, ideológico e étnico-regional), grupos mobilizados pelo discurso nitista, dimensão violenta da repressão a tentativa de golpe.


FITA IV - LADO A:

Mudanças do MPLA de Movimento de Libertação a Partido Político. Preferência da URSS por Nito Alves. 27 de Maio de 1977 entendido como catalisador da opção ideológica pelo marxismo-leninismo. Relação de Agostinho Neto com o Ocidente e a estratégia de aproximação na tentativa de diminuir a dependência a URSS. Presidente José Eduardo dos Santos e a continuidade da política de abertura econômica.

 

 

 

 

Arquivos de Áudio