Skip to content

Mídias no Brasil: Fotojornalismo no Brasil

Entrevistado: Judith Munk
Entrevistador: Ana Maria Mauad e Ellen Guedes
Tipo: entrevista temática
Duração: 01:30:00
Local: Flamengo - RJ
Data: 02/07/2007
Sumário


Fita I - Lado A: A entrevistada fala sobre a vida, família, infância, estudos, religião e atividades esportivas praticadas em Budapeste, Hungria, onde nasceu; e sobre a atividade fotográfica do pai. Tendo por contexto a 2ª mundial, Judith fala do trabalho para o movimento de Resistência; dos trabalhos forçados a que foi submetida, e também o seu futuro marido, pelos nazistas;e das duas fugas para escapar do campo de extermínio. Critica o comunismo.Narra como seus pais conseguiram sobreviver durante o conflito e como fez para reencontrá-los depois e escapar também dos russos por duas vezes. Fala do seu trabalho fabricando janelas de vidro e, mais tarde, numa organização internacional de ajuda aos refugiados, e o do marido, dando continuidade aos negócios do pai. A imigração para o Brasil se deu em escala: primeiro foram para uma montanha na Áustria através da ação de contrabandistas humanos; depois para Viena, onde conseguiram passaporte e dinheiro graça à ajuda de organizações internacionais; de Viena, foram pra Paris, depois Marselha, onde pegaram o navio rumo ao Brasil. Expõe com detalhes a viagem de navio. Já no Brasil, fala sobre o choque com a dieta alimentar brasileira, o primeiro emprego do marido, e as dificuldades para alimentação e moradia. Conta como conseguiu emprego na área fotográfica (dada sua habilidade específica nesta atividade) no estúdio de Kurtz Claxclo. Desenvolve o álbum com espiral. Fala um pouco da sua relação profissional com Kurtz e do trabalho fotografando crianças no Lido. Narra a mudança de residência: do hotel, na Glória, para uma casa alugada pela Beneficência Portuguesa, na Urca.

 

Lado B: Continua falando sobre a nova residência. Explica que tipo de câmera e filme usava, e o uso de lâmpadas antes da existência de flash. Como fotógrafa, sua primeira experiência foi tirando fotografias de criança; depois, trabalhando para a revista Rio Magazine, registrou imagens para o colunismo social. Citas os famosos os quais fotografou. Explica que atuava como free lancer. Ao abordar o trabalho quando da inauguração da embaixada americana no Brasil, define o nascimento e o grau da amizade com o então presidente Getúlio Vargas, que, dentre outras coisas, rendeu-lhe um decreto que garantiu sua naturalização. Acredita que Vargas foi assasinado. Como fotografia política, citaas que fez para o PTB. Conta que foi primeiro repórter, cita organizações para as quais trabalhou como fotógrafa, mas ressalta que sempre foi free lancer. O trabalho para a revista promoveu seu trabalho. Fotografou moda e indústria. O lugar fixo para encontrá-la era o estúdio de Kurtz, para o qual conseguiu telefone e do qual se tornou sócia. Finda a sociedade, aluga uma sala na Lapa para ser seu estúdio. Explica como conseguiu trazer os seus pais para o Brasil. Após a morte do pai e do marido, a entrevistada traz sua mãe para morar consigo e com seu filho. Fala sobre o filho (educação e carreira profissional). Pára a atividade fotográfica para ajudar a mãe a conduzir o negócio que tinha: produção de lenço, a qual explica a dinâmica. Esclarece que a atividade fotográfica lhe rendeu um pecúlio. Não tinha atividade social com o marido: o trabalho já lhe proporcionava isso. Enumera as atividades que passou a realizar após a aposentadoria: teatro, dança sagrada e ioga. Conta como fundou o primeiro grupo de dança sagrada no Rio. Nunca reclamaram de suas fotografias. Conta que seus clientes procuraram ajudá-la após a morte de seu marido. Trabalhou para revistas internacionais e com os fotógrafos dessas revistas. Retoma questões técnicas: tipo de filme, máquina e uso do tripé. Fez fotografias de propaganda. Afirma que continuou praticando esportes aqui no Brasil e narra suas experiências neste sentido. Deu continuidade à produção de lenços após o falecimento de sua mãe. Fala sobre o seu acervo, localizado numa casa em Araras comprada por Kurtz.Conta que continua nadando. Considera o grupo de dança sagrada sua família do coração.

 

 

 

Arquivos de Áudio