O projeto tem sua origem no LABHOI no ano de 1994, com o início da documentação e pesquisa Memórias do Cativeiro, que abordava a memória genealógica de famílias descendentes dos últimos escravizados nas antigas áreas cafeeiras do sudeste brasileiro e que deu origem à série do acervo oral do LABHOI de mesmo título. Desde então, o projeto desenvolve pesquisas em que as relações entre memória, escravidão e formas de pertencimento e cidadania se constituem como objeto principal. As pesquisas desenvolvidas propõem-se a abordar as releituras políticas da memória da escravidão no tempo presente, bem como a memória da escravidão enquanto presença do passado nas trajetórias de vida de libertos e seus descendentes em diferentes sociedades escravistas e no contexto pós-emancipação. Para tanto, do ponto de vista conceitual, concebe a construção de identidades coletivas como processos políticos e relacionais que se reproduzem num determinado contexto histórico de interação cultural. Associa a exploração de fontes convencionais à história oral, visual, e à arqueologia. Os pesquisadores do projeto têm se dedicado também à experimentação de novas formas narrativas de discurso historiográfico, especialmente o audiovisual. Reúne uma equipe interinstitucional e multidisciplinar, sob coordenação geral de Hebe Mattos, com a participação dos membros permanentes do grupo de pesquisa do LABHOI e de pesquisadores associados, entre eles, Martha Abreu (NUPEHC-UFF), Ana Lugão Rios (UFRJ), Matthias Assunção (Universidade de Essex/UK), Eliane Cantarino (Antropologia-UFF), Robson Martins (Secretaria de Cultura/Campinas), além de doutorandos, mestrandos e bolsistas de iniciação científica.
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História
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